sábado, 10 de setembro de 2011

Comidinhas.

   Um menino estava sentado em um banco de uma praça, cabeça baixa, sentindo-se mal. A explicação inicial para tal foi a de sempre... besteiras. 
   Ele estava ali sentado porque não estava mais comendo pipoca. Cansou de esperar na fila e quando chegava a sua vez, a pipoca acabava e o pipoqueiro mandava a fila se desfazer. Passou pela fila três vezes e não obteve sucesso em nenhuma delas. Ele almejava provar daquela pipoca... era tudo que ele mais queria naquele começo de tarde.
   Mas conformou-se em não tê-la. ficou sentado num banco com poucas pessoas ao redor... amigos novos que com o passar dos minutos foram ficando mais próximos. Um deles amigos algum tempo depois sentou ao seu lado e lhe comentou sobre um algodão-doce Algodão-doce. 
   O primeiro gesto do menino, foi recusar. Ele não gostava de coisas doces. Sempre preferiu salgados à doces, mas houve um merchandising tão grande desse tal algodão doce que ele se deixou levar. 
   De modo silencioso, começou a provar desse algodão... e a cada vez que provava, gostava mais ainda... ficou realmente fascinado pelo que tudo aquilo lhe causara, era relaxante... prazeroso... sonhador. 
   Isso durou por toda a tarde e ele não enjoou. Certa hora, ele olhou para o lado e percebeu que tinha mais alguns garotos provando daquele mesmo algodão doce. Ele, até então nunca tinha sido egoísta, mas sentiu agora um pingo de egoísmo dentro de si. Ele não soube como agir... apenas continuou a comer o algodão-doce que lhe era servido.. sem exigir muita coisa, mas começava a achar que com o passar do minutos, não iria mais receber o seu alucinante e, até então, desconhecido doce. 
   Quando chegou o por-do-sol, O moço que fazia o algodão-doce lhe disse que não teira mais algodão pra ele. O que ele previa, acabara de ser confirmado: era o fim da degustação de Algodão-doce.
   Aquele menininho não sabia como agir. Apenas assentiu, baixou a cabeça e afastou-se. já com algumas ideias na cabeça, para esquecer essa guloseima. 
Vai ter uma festa nessa noite. E ele já sente o cheiro se salgadinho de queijo.

H/T

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Aqueles Lápis.

  Aquele lápis de cor... Você não sabe, mas foi o pioneiro da sua história. Onde você nem sabia o que estava fazendo direito... Sem nem saber o que significava a palavra “vida”
  Aquele lápis que veio logo depois dos coloridos. Onde você começou a ter noção de quem era ao escrever o seu nome.
  Aquele lápis que era do mesmo modelo que o anterior, só que agora destinado à noções matemática, princípio a logica e da razão.
  Aquele lápis que não bastava ser só um lápis... tinha que ter algo a mais para contribuir com a sua vaidade, que começava a surgir.
  Aquele lápis que não era mais um lápis. Era um grafite (ou lapiseira, como queira), que acompanhou uma mudança de fase cheia de contrastes.
  Aquele lápis que agora fala de seriedade aquele que é de tinta, que não apaga. Mostrando agora, de alguma maneira, a sua responsabilidade.
 Aquele lápis que só escreve uma letra e que vem  num retângulo (normalmente) grande. Que escreve letras e uma tela
  Aqueles lápis... Aqueles que escreveram a sua vida até agora. Qual será  próximo?

H./T.

domingo, 17 de julho de 2011

MOMENTOS


Há momentos que queremos apenas ficar só,
Outros onde queremos a companhia de alguem especial.
Há momentos em que desejamos fazer loucuras,
Outros em que apenas não há nada a ser feito.

Há momentos que falamos o que não devia,
Outros em que omitimos o que deveria ser dito.
Há momentos em que pensamos em desistir de tudo,
Outros em que lutamos arduamente pelo desejamos.

Há momentos em que sentimos medo,
Outros que nos enchem de coragem.
Há momentos em que erramos,
Outros em que acertamos.

Cada momento é único e passageiro.
Os bons momentos devem ser aproveitados,
Os ruins, apenas esquecidos.
E só assim podemos seguir em frente.


T. Pires/H. Pascoal

terça-feira, 12 de julho de 2011

O Sonho.

Queria dormir e não acordar
Ou (ao menos) me livrar desse sonho que não quer acabar
Por quanto tempo será?
Quanto isso me custará?

Uma vida ou até uma morte
Um centímetro ou um quilômetro
Uma fenda ou um monte

Parecidos, mas diferentes
E ainda por cima escrito por inexperientes.


O que isso pode valer?
Críticas...? Elogios...?
Ou até algo que ninguém ver?

Não sei. Na verdade, pouco importa
A diferença se faz ma mentalidade
Na capacidade de quem vê,
De quem lê
De quem crê. 


H./T.

domingo, 3 de julho de 2011

Nada Pra Ningém

Quando corri, cai;
Quando tropecei, chorei;
Quando chorei, me acalentaste;
Quando me afagaste, me apeguei a ti;
Quando não esperava, esperei;
Quando não te procurei, te achei;
Quando não te achei pessoalmente, te vi em sonhos;
Quando acordava, tinha medo;
Quando ficava aflito, despertava;
Quando despertava, ria por saber que você nunca existiu.
...E quando penso nisso... não sinto, não penso, não existo.


H./T.

sábado, 2 de julho de 2011

Mentiras



Parte do cotidiano
Quase como hábito.
Mentiras, mentiras e mais mentiras.
Tão bem contadas que parecem verdades

Verdades essas que são acalanto para uns
Porém, tornam-se mágoas para outros.
Embora muito bem formuladas,
Em sua maioria não chegam longe.

Mentiras têm "pernas curtas"
E em corrida com a verdade,
Por mais que tentem vencê-la,
Jamais chegarão vitoriosas.

Derrapam na primeira curva,
Tentam erguer-se de todas as formas.
Mas, não são fortes o bastante
E acabam derrotadas pela verdade.


T. Pires/H. Pascoal

Doce Ilusão

Se pensa que tudo acontece por acaso,
Que tudo não passa de obra do destino,
Não imaginas o quão iludido estás.
Ah! Ilusão... Doce ilusão...
Tudo não passa de fantasias,
Sentimentos, desejos...
Tudo não passa de mera hipocrisia,
Nada além de lampejos.
Ao se dar conta de tamanha ilusão,
Talvez caia no abismo da frustração
E perceba que o mundo... Ah, o mundo...
Não! Ele não gira à sua volta.
Enfim, vai entender que tudo,
Simplesmente tudo que imaginou ser pleno
Nada mais é do que a velha e boa ilusão.
Doce ilusão.

T. Pires/ H. Pascoal

domingo, 19 de junho de 2011

Primeiro corte, ajuste e dobre
Assim fazemos o molde.
No final parece ter vida
Uma vida nunca vivida.
Tem como marca principal
A sua dobra transversal
Como se fosse bem normal
Porém nem tanto original
Há uma ausência de volume
Ausência um tanto gigante
Da terra do sol nascente
Vem o coração de origami.

H./T.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pista de Pouso.

[...por volta das 01:15 da madrugada...
Desligo o celular e pego algo para escreve. Não posso perder isso.]




Aquele tempo no telefone conversando... verdades, mentiras e outras coisas. Não quero perder a sintonia daquele canal na minha cabeça. Quando pego o controle e mudo para aquele canal, eu consigo, de uma forma diferente, relaxar... Mesmo que ainda pensativo sobre um turbilhão de coisas que adquiro dia-a-dia sobre aquilo.
Cada novidade é como um novo perfume, cada um com seu cheiro e sensação particular, mas todas bem peculiares. Sensações indescritíveis e que não irão sair de dentro daquela garrafa que foi tampada com uma rolha e jogada ao mar, com um segredo dentro, à espera que alguém o encontre. E pode ser até que alguém o encontre, mas nunca entenderão da mesma forma que eu. Não. Esses não irão.
Nunca vi tão perto. Hoje, sou como uma cobra que apenas com um único sibilar, detecta aquela presença. Mesmo perto quão longe. É, mas sei esperar também como uma raposa à espera de um descuido da galinha para ter a sua janta de cada dia. Ou até um pássaro que comeu a esperança e para sempre terá ela dentro de si, mesmo que em vestígios.
Não é um porto seguro, mas uma pequena pista de pouso bem escondida no meio de uma mata fechada, onde somente alguns que realmente conhecem a área sabem onde fica. Além de poucos saberem onde essa pista fica, vários cansam de alçar voo para ver as mesmas coisas... Pena que estes não sabem procurar nos detalhes, pois, se olhassem bem, encantar-se-iam assim como eu. E tenho a certeza que continuarei me surpreendendo a cada pouso.
Poucas coisas me confortam como essa pequena e escondida pista de pouso... Quero que isso permaneça assim, intocável e indescritível, a não ser por metáforas bem comuns, mas não tão clichês como a de histórias cotidianas. 
H./T.

domingo, 10 de abril de 2011

Era Uma Vez

Era uma vez, um menino...
Era uma vez uma menina...

Ele tinha olhos castanhos;
Ela, pretos;
Seus olhos Nunca brilharam tanto quanto no momento em que se cruzaram.

Ele era solteiro;
Ela, sem compromisso;
Feitos um para o outro...

Ele tinha problema de aprendizagem na escola;
Ela sempre tirava boas notas;
Juntos, compartilhavam suas experiências.

Ele não era rico;    
Ela, bem... ela não ligava pra isso;
Não se importavam com dinheiro.

Ele queria uma vida intensa;
Ela partilhava o mesmo desejo;
Buscavam apenas um destino...

Ele sonhava com ela;
Ela sonhava com ele;
Porém, só sonhavam...


H. Pascoal| T. Pires