Ontem, alguém me perguntou o que havia no meu coração...
-...O que tem no meu coração?-
Tem obras. Da nova barragem de lágrimas. A ultima estourou há algum tempo e houve um dilúvio... mas a que está sendo construída é mais forte;
Tem graça, para desfaçar a melancolia que há nele desde sempre;
Tem silêncio. A esperança que alguém escute meus gritos silenciosos ainda existe;
Tem carinho. Pra dar e vender. Pra todo e qualquer amigo vira-lata;
Tem sabedoria em amar... Mas sabe como é, né?! Casa de ferreiro, espeto de pau;
Tem história. Todas num baú a sete chaves;
Tem tudo isso.
E não tem nada.
Ele apenas... Bate.
Waiting Room
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Trilhos
Pelos trilhos do trem,
Estou a me equilibrar.
Pensando, talvez, em alguém
Que possa me acompanhar
Pelos trilhos do trem,
Ando de braços abertos;
Agora ando bem esperto
... o vento quer me derrubar.
Um passo fronte ao outro
Pelos trilhos do trem,
Do acidente, faço esboço.
Não preciso de ninguém.
Porque quando vier o trem,
Ainda estarei nos trilhos a esperar.
Pascoal H.
Estou a me equilibrar.
Pensando, talvez, em alguém
Que possa me acompanhar
Pelos trilhos do trem,
Ando de braços abertos;
Agora ando bem esperto
... o vento quer me derrubar.
Um passo fronte ao outro
Pelos trilhos do trem,
Do acidente, faço esboço.
Não preciso de ninguém.
Porque quando vier o trem,
Ainda estarei nos trilhos a esperar.
Pascoal H.
sábado, 10 de setembro de 2011
Comidinhas.
Um menino estava sentado em um banco de uma praça, cabeça baixa, sentindo-se mal. A explicação inicial para tal foi a de sempre... besteiras.
Ele estava ali sentado porque não estava mais comendo pipoca. Cansou de esperar na fila e quando chegava a sua vez, a pipoca acabava e o pipoqueiro mandava a fila se desfazer. Passou pela fila três vezes e não obteve sucesso em nenhuma delas. Ele almejava provar daquela pipoca... era tudo que ele mais queria naquele começo de tarde.
Mas conformou-se em não tê-la. ficou sentado num banco com poucas pessoas ao redor... amigos novos que com o passar dos minutos foram ficando mais próximos. Um deles amigos algum tempo depois sentou ao seu lado e lhe comentou sobre um algodão-doce Algodão-doce.
O primeiro gesto do menino, foi recusar. Ele não gostava de coisas doces. Sempre preferiu salgados à doces, mas houve um merchandising tão grande desse tal algodão doce que ele se deixou levar.
De modo silencioso, começou a provar desse algodão... e a cada vez que provava, gostava mais ainda... ficou realmente fascinado pelo que tudo aquilo lhe causara, era relaxante... prazeroso... sonhador.
Isso durou por toda a tarde e ele não enjoou. Certa hora, ele olhou para o lado e percebeu que tinha mais alguns garotos provando daquele mesmo algodão doce. Ele, até então nunca tinha sido egoísta, mas sentiu agora um pingo de egoísmo dentro de si. Ele não soube como agir... apenas continuou a comer o algodão-doce que lhe era servido.. sem exigir muita coisa, mas começava a achar que com o passar do minutos, não iria mais receber o seu alucinante e, até então, desconhecido doce.
Quando chegou o por-do-sol, O moço que fazia o algodão-doce lhe disse que não teira mais algodão pra ele. O que ele previa, acabara de ser confirmado: era o fim da degustação de Algodão-doce.
Aquele menininho não sabia como agir. Apenas assentiu, baixou a cabeça e afastou-se. já com algumas ideias na cabeça, para esquecer essa guloseima.
Vai ter uma festa nessa noite. E ele já sente o cheiro se salgadinho de queijo.
H/T
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Aqueles Lápis.
Aquele lápis de cor... Você não sabe, mas foi o pioneiro da sua história. Onde você nem sabia o que estava fazendo direito... Sem nem saber o que significava a palavra “vida”
Aquele lápis que veio logo depois dos coloridos. Onde você começou a ter noção de quem era ao escrever o seu nome.
Aquele lápis que era do mesmo modelo que o anterior, só que agora destinado à noções matemática, princípio a logica e da razão.
Aquele lápis que não bastava ser só um lápis... tinha que ter algo a mais para contribuir com a sua vaidade, que começava a surgir.
Aquele lápis que não era mais um lápis. Era um grafite (ou lapiseira, como queira), que acompanhou uma mudança de fase cheia de contrastes.
Aquele lápis que agora fala de seriedade aquele que é de tinta, que não apaga. Mostrando agora, de alguma maneira, a sua responsabilidade.
Aquele lápis que só escreve uma letra e que vem num retângulo (normalmente) grande. Que escreve letras e uma tela
Aqueles lápis... Aqueles que escreveram a sua vida até agora. Qual será próximo?
H./T.
domingo, 17 de julho de 2011
MOMENTOS
Há momentos que queremos apenas ficar só,
Outros onde queremos a companhia de alguem especial.
Há momentos em que desejamos fazer loucuras,
Outros em que apenas não há nada a ser feito.
Há momentos que falamos o que não devia,
Outros em que omitimos o que deveria ser dito.
Há momentos em que pensamos em desistir de tudo,
Outros em que lutamos arduamente pelo desejamos.
Há momentos em que sentimos medo,
Outros que nos enchem de coragem.
Há momentos em que erramos,
Outros em que acertamos.
Cada momento é único e passageiro.
Os bons momentos devem ser aproveitados,
Os ruins, apenas esquecidos.
E só assim podemos seguir em frente.
T. Pires/H. Pascoal
terça-feira, 12 de julho de 2011
O Sonho.
Queria dormir e não acordar
Ou (ao menos) me livrar desse sonho que não quer acabar
Por quanto tempo será?
Quanto isso me custará?
Uma vida ou até uma morte
Um centímetro ou um quilômetro
Uma fenda ou um monte
Parecidos, mas diferentes
E ainda por cima escrito por inexperientes.
O que isso pode valer?
Críticas...? Elogios...?
Ou até algo que ninguém ver?
Não sei. Na verdade, pouco importa
A diferença se faz ma mentalidade
Na capacidade de quem vê,
De quem lê
De quem crê.
H./T.
H./T.
domingo, 3 de julho de 2011
Nada Pra Ningém
Quando corri, cai;
Quando tropecei, chorei;
Quando chorei, me acalentaste;
Quando chorei, me acalentaste;
Quando me afagaste, me apeguei a ti;
Quando não esperava, esperei;
Quando não te procurei, te achei;
Quando não te achei pessoalmente, te vi em sonhos;
Quando acordava, tinha medo;
Quando ficava aflito, despertava;
Quando despertava, ria por saber que você nunca existiu.
...E quando penso nisso... não sinto, não penso, não existo.
H./T.
H./T.
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